domingo, 3 de julho de 2011

Filhos de políticos em escolas públicas: porque não daria certo.

Não é segredo para ninguém a minha admiração pelo senador Cristovam Buarque. Considero ele uma das poucas figuras na política que busca sinceramente melhorias concretas para nosso país.

E é justo um projeto deste senador que eu gostaria de fazer uma breve análise: o Projeto de Lei do Senado Nº 480/2007. (http://www.senado.gov.br/atividade/Materia/getPDF.asp?t=51480&tp=1)

Este projeto tem uma fama considerável, pois discorre sobre a obrigatoriedade de filhos de políticos em geral estudarem em escola pública. Uma ideia a se considerar, já que na visão do senador nenhum dos eleitos ia querer seus filhos em uma escola de qualidade ruim; logo, por consequência, resultaria na melhoria da educação pública.

Apesar da notória boa vontade do senador, ao meu ver esta lei teria uma dificuldade em cumprir o seu objetivo, por algumas razões:

a) É uma matéria que dificilmente seria votada, quanto mais aprovada. Para tal necessitaria de grande mobilização popular.

b) Mesmo que por uma mobilização popular, este projeto fosse aprovado, era provável que os mal-intencionados aproveitassem a seguinte brecha: ao invés de investir em todo sistema de ensino público, todos os políticos teriam seus filhos em uma única escola pública de elite, que receberia todo investimento que seria pulverizado pela rede de ensino.

Não digo que o projeto é de todo ruim, só que possui falhas que permitiriam que o seu sentido inicial fosse perdido. Talvez pequenas alterações melhorassem sua eficácia, como a criação de um cláusula de barreira que limitassem o número de filhos de políticos por escola, obrigação de matrícula em seu colégio eleitoral; são medidas que não resolveriam o problema, mas pulverizariam um pouco mais o investimento.

Mas o fato é que a única forma de haver uma melhoria considerável na educação, seria o fim da educação privada no Brasil. (Pesquise sobre a educação na Finlândia)

Seria um projeto 10 vezes mais difícil de aprovar, pois sofreria pressões das redes privadas de ensino (e políticos envolvidos com as mesmas), além da elite brasileira (afinal seus filhos estudam nas melhores escolas privadas do país). Mas com uma gigantesca pressão popular, e a consequente aprovação do projeto, a própria elite, seria uma das garantidoras da qualidade da educação; proporcionando ainda mais a descentralização do investimento.

É um cenário distante, mas não seria a primeira vez que uma lei polêmica teria sido aprovada por pressão popular


terça-feira, 31 de maio de 2011

A liberação das drogas

Frente a um tema polêmico, nada como uma boa discussão rs.


Como certa vez disse um amigo meu: "Tornar as drogas licitas não acabaria com o tráfico, o traficante só iria passar a vender a droga mais barata que o comerciante comum, afinal estaria livre de impostos.

Afinal Gás de Cozinha, Tv a Cabo, DVD's, Transporte Público e Internet Banda Larga são coisas lícitas e que geram lucro para o tráfico e para as milícias, sendo que para a segunda é praticamente todo o seu sustento.

A liberação de Drogas só vai permitir a venda de drogas em farmácias ou outras lojas especializadas enquanto a classe mais baixa continuará sofrendo na mão do poder paralelo."

Em contrapartida os que defendem dizem: "Seria muito mais efetivo se a abordagem fosse outra, usassem como medida de desmotivar o uso de drogas os danos contra o organismo, um trabalho de conscientização como é feito com sucesso com relação ao cigarro. 


Talvez tratar o dependente da mesma forma que o alcoólatra e o viciado em cigarro, afinal também são dependentes de drogas. O uso de drogas é muito mais um problema de saúde do que de polícia."



Algo a se pensar, queridos leitores.



terça-feira, 19 de abril de 2011

Metrô - Porque Estácio-Carioca e não Pavuna-Botafogo?










Bom dia Leitores,

Hoje pela manha ao ler o Blog Metrô do Rio, me deparei com esta imagem. Para quem não sabe esta é uma antiga e famosa imagem, que mostra os antigos planos de expansão do metrô carioca.

Ao ver esta imagem comecei a me questionar sobre a razão de eu defender tanto o modelo antigo frente ao atual. Cheguei a alguns pontos que enumero abaixo:

1) No modelo anterior era prevista a expansão da linha 2 rumo a baixada (chegando a Belford Roxo), assim cumprindo o objetivo do metrô de conectar a região metropolitana do Rio e não ser somente um luxo que não atinge nem um terço da cidade do Rio

2)Na versão Pavuna-Botafogo, o trem vem lotado da Pavuna, chega a Central mais gente chega dos trens e é enlatada dentro do metrô até a Zona Sul. No outro modelo o metrô vem da Pavuna, chega ao Estácio, lá quem quer ir pro centro, sai do trem, e embarca no trem da linha 1. Quem quer ir pra Zona Sul, Carioca ou Barcas, segue no trem. O trem da linha 2, não fica lotado, pois parte dos passageiros desce no Estácio, parte segue até a Carioca. O trem da linha 1 não fica lotado, pois como quem quer ir pra Zona Sul, seguiu no trem da linha 2, não encheu o trem; deixando mais espaços para receber os passageiros dos trens da Supervia. Aliás trens que até podem vir com número menor de passageiros, pois alguns passageiros podem escolher fazer transferência em São Cristovão para seguir direto até a Carioca ou Barcas.



3) Há ainda a complementação da linha 1 com a criação das estações Gávea e Uruguai (Tijuca), fazendo uma conexão entre ambas as estações e fechando um circulo. Desta maneira, quem viesse da Tijuca e quisesse ir para Zona Sul, não lotaria o trem da linha 1 que vai para Central, ele subiria no trem no sentido contrário, indo para a estação Gávea. Um trem mais vazio, por consequência mais confortável e ainda por cima num trajeto mais curto e rápido.



Pense bem leitor, e veja se esta não seria uma opção melhor ao modelo atual.






Por Bruno Coitinho Pereira

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Bom dia! Que comecem os trabalhos!

Bom dia leitores! Hoje começa esta nova jornada para mim. Que o blog Meio Minuto seja de grande ajuda para manter vocês leitores sempre bem informados.

Vamos crescer juntos!


Por Bruno Coitinho Pereira